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domingo, 2 de agosto de 2015

Reportagem de há 8 meses repescada para interferir nas eleições da Federação Internacional de Atletismo IAAF?

Desde ontem que foi publicada no chamado "mundo ocidental", numa campanha claramente orquestrada, a referência a uma reportagem conjunta, da ARD (TV alemã estatal) e do Sunday Times, que foi para o ar em...12 de Dezembro passado!

A suposta dopagem sistemática de atletas da Rússia e do Quénia foi o tema escolhido.
Em consequência a Agência Mundial Anti-Dopagem (AMA), levou de Moscovo 3000 amostras de sangue de atletas russos para serem analisadas.
Hoje o ministro russo dos Desportos, Vitaly Mutko, relacionou as acusações de doping, difundidas num documentário da estação alemã ARD, com a luta pelo poder no seio da Federação Internacional de Atletismo (IAAF).
"As eleições vão realizar-se em Agosto e a luta pelo poder está no auge. Não podemos ceder ao pânico, mas continuar a trabalhar com normalidade. Atualmente, ninguém dirige verdadeiramente a IAAF. Parece um imenso bazar", disse Mutko.
Da parte do Quénia veio comentário semelhante.
Devemos atender a que o mundo do Desporto tem sido permeável a acusações semelhantes, muitas delas verídicas. Grandes atletas de diversos países têm sofrido penalizações de diferentes níveis. Se consultar o site da IAAF poderá ter acesso aos seus nomes, nacionalidades, tipo de infracção e respectiva penalização.
A IAAF revelou, entretanto, que “está consciente das graves acusações contra a integridade e eficácia do seu programa antidopagem (…) baseadas em dados médicos privados e confidenciais da IAAF, obtidos sem o seu consentimento”, explica hoje o organismo num curto comunicado, em que diz estar a preparar uma resposta mais detalhada.
Sobre a questão presente devemos ser prudentes com algumas tiradas deste jornalismo zumbificado  que as empresas proprietárias respectivas impõem aos seus profissionais E, como o ministro russo referiu, há que perguntar porque foi  isto lançado, não em Dezembro passado, mas nas vésperas das eleições na IAAF, marcadas para este mês. Lembremo-nos o que aconteceu há semanas atrás com a corrupção na FIFA revelada dias antes da sua eleição.
O que está aqui em causa é que as grandes potências do mundo capitalista não se conformam com os sistemas de votação nos organismos internacionais desportivas (um país, um voto), pretendendo transformá-los em organismos dirigidos por pequenos directórios.

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