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domingo, 14 de agosto de 2016

Tensão entre a Índia e o Paquistão. O motivo cilicamente renovado é a disputa sobre Cachemira. Será?

O Ministério do Negócios Estrangeiros da Índia revelou há dias que um  cidadão paquistanês foi preso no estado de Jammu e Caxemira em Julho e tinha na sua posse   armas, equipamentos de comunicação sofisticados e outros materiais de origem paquistanesa. Bahadur Ali confessou terá confessado às autoridades que, depois de um treino em campos de Lashkar-e-Toiba, foi infiltrado na Índia, recebendo  antes instruções para atacar  pessoal indiano da segurança e realizar outros ataques terroristas na Índia. Segundo o mesmo Ministério tais factos têm-se repetido e contrariam as garantias dadas pelos mais altos dirigentes paquistaneses.
O Ministério soblinhou que, "O Governo da Índia protesta veementemente contra a infiltração contínua do Paquistão de terroristas treinados com instruções para realizar ataques. Isto é contrário à garantia dada pelos líderes paquistaneses ao mais alto nível."
O cidadão do Paquistão preso solicitou assistência jurídica ao Paquistão Alto Comissariado em Nova Deli e para contactar a sua família, o que foi garantido pelo Ministério das Relações Exteriores da Índia.

As relações entre a Índia e o Paquistão têm sido tensas desde 1947, quando ambos os estados foram fundados. A Índia, então britânica, de acordo com o Acto da Independência Indiana, foi dividida em duas partes numa base religiosa - Índia (hindu) e Paquistão (muçulmana). No entanto, o acto deixou espaço para os dirigentes de comunidades escolherem se se queriam juntar à Índia ou ao Paquistão, de que resultou a decisão do governo hindu da Caxemira,  principalmente povoada por muçulmanos, de se juntar à Índia. A disputa sobre a Caxemira resultou em várias guerras relativas a essa integração, incluindo uma série de conflitos militares locais entre a Índia e o Paquistão.
 
Este conflito levou a uma corrida  aos armamentos que culminou com a entrada de Índia e Paquistão, em 1998, no clube dos países detentores de armas nucleares. Ambos desenvolveram ao máximo  a sua infra-estrutura militar. Desde então, as hostilidades na Caxemira passaram a ser acompanhadas com mais atenção pela comunidade internacional.

No ano que passou e, particularmente em Julho, as relações entre a Índia e o Paquistão deterioraram-se novamente com o eclodir de uma nova onda de confrontos, no estado indiano de Jammu e Caxemira, com manifestantes a exigirem maior autonomia e mesmo a independência da região. No final de Julho, o primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif  declarou que a Caxemira viria um dia a integrar-se no Paquistão, o que foi fortemente condenado por Nova Dehli.

Apesar de mais este incidente a India mostrou disponibilidade para o diálogo entre as duas partes, desde que cessem estas incursões terroristas.
 

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