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terça-feira, 9 de maio de 2017

Assinalar a derrota nazi é uma obrigação histórica, política e moral


E não é de mais relembrar que essa vitória assenta num contributo decisivo da URSS,depois do martírio que se seguiu à sua invasão em 1941 pelos nazis.

A URSS teve nesta guerra 24 milhões de mortos, 11 dos quais militares e 13 civis, sendo 7  milhões por actos de violência, 4 de mortos à fome durante o período da ocupação e 2 milhões em trabalhos forçados na Alemanha. Isto é a URSS perdeu na 2ª Guerra 14,2% da sua população!
Mas também importa ter em conta que, como país sozinho a conter a besta nazi, a URSS aguentou a ofensiva alemã desencadeada contra si em 1941 até ao final da guerra em 1945.
Stalinegrado
 
Apelou sucessivamente à abertura duma 2ª frente dos aliados ocidentais, desde então até depois das batalhas decisivas de Stalinegrado e Kursk.
 

Só depois da inversão da guerra a leste,depois destas importantes e mortíferas batalhas, e da URSS a partir daí nunca mais ter perdido a iniciativa estratégica, é que, em 1944, os aliados ocidentais abriram a 2ª frente, com o desembarque na Normandia…É a partir daí que se dá a progressiva libertação dos países europeus, onde sempre movimentos de resistência interna, maiores nuns casos do que noutros, tiveram um papel na libertação, mais parecendo que essa frente se desencadeou para deter a progressão da forças armadas soviéticas.
Na batalha de Stalinegrado em 1942/43 morreram cerca de um milhão e meio de pessoas.
Na batalha de Kursk, em Julho/Agosto de 1943, intervieram 6 mil tanques, 4 mil aviões, 2 milhões de soldados. Acabou a invencibilidade das divisões Panzer, elemento essencial da blietzkrieg que os nazis levaram a tantos países europeus...O comandante alemão Erich von Manstein, reconheceu que a Wehrmacht tinha então sido derrotada.
 
Kursk
Vários países europeus tiveram também um elevado número de mortos. Não tem sentido moral comparar sofrimentos, mas politicamente é importante não esquecer alguns números (que aqui arredondei para milhões, não devendo por isso serem usados fora desse grau de rigor).

Por isso, com todo o gosto, estive com outros portugueses, presente no domingo, na Alameda Afonso Henriques, no desfile do “Regimento Imortal”, organizado pelas Associações Iuri Gagarine e Chance+. Nele participaram centenas de russos e ucranianos que vivem e trabalham no nosso país, ostentando cartazes com fotos de familiares, civis e militares tombados na Grande Guerra Pátria, como então passou a ser conhecida essa gesta de quatro anos.




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